Microempresário individual é maioria em novos negócios
Qua, 29 de Maio de 2013 17:30
riado em 2008 para permitir a formalização de profissionais autônomos com faturamento de até R$ 60 mil por ano, o microempreendedor individual (MEI) representa a maioria das novas empresas registradas no Brasil.
Entre janeiro e março deste ano, foram abertos 428.741 negócios. Desses, 65% foram criados por MEIs. Depois, vieram as empresas individuais, com 16% do total.
O setor de serviços foi o destaque no início deste ano, responsável por 59% das empresas abertas. Em seguida, ficou o comércio, com 32% do total, enquanto a indústria registrou 8% das aberturas.
Os resultados fazem parte de estudo inédito realizado pela Serasa Experian, empresa de informações financeiras, com dados das Juntas Comerciais de todo o país.
O estudo também comparou o total de nascimento de empresas nos primeiros três meses de 2013 com o dos primeiros trimestres desde 2010.
Os dados mostram queda de 4,1% na criação de empresas no primeiro trimestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, responsável pelo estudo, a desaceleração da economia brasileira em 2012 está entre as causas da diminuição no número de empresas abertas.
Além disso, Rabi diz que o elevado nível de emprego atual estimula menos pessoas a trabalhar por conta própria.
"Geralmente, os microempreendedores são responsáveis por pequenas lojas e serviços de manutenção. Muitas vezes, quando eles têm a possibilidade de uma ocupação, vão para o mercado de trabalho como funcionários contratados", afirma.
O economista diz acreditar que, como a lei que instituiu o microempreendedor individual é nova, o seu impacto nas estatísticas será maior com o tempo.

Criado em 2008 para permitir a formalização de profissionais autônomos com faturamento de até R$ 60 mil por ano, o microempreendedor individual (MEI) representa a maioria das novas empresas registradas no Brasil.

Entre janeiro e março deste ano, foram abertos 428.741 negócios. Desses, 65% foram criados por MEIs. Depois, vieram as empresas individuais, com 16% do total.

O setor de serviços foi o destaque no início deste ano, responsável por 59% das empresas abertas. Em seguida, ficou o comércio, com 32% do total, enquanto a indústria registrou 8% das aberturas.

Os resultados fazem parte de estudo inédito realizado pela Serasa Experian, empresa de informações financeiras, com dados das Juntas Comerciais de todo o país.

O estudo também comparou o total de nascimento de empresas nos primeiros três meses de 2013 com o dos primeiros trimestres desde 2010.

Os dados mostram queda de 4,1% na criação de empresas no primeiro trimestre de 2013, em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, responsável pelo estudo, a desaceleração da economia brasileira em 2012 está entre as causas da diminuição no número de empresas abertas.

Além disso, Rabi diz que o elevado nível de emprego atual estimula menos pessoas a trabalhar por conta própria.

"Geralmente, os microempreendedores são responsáveis por pequenas lojas e serviços de manutenção. Muitas vezes, quando eles têm a possibilidade de uma ocupação, vão para o mercado de trabalho como funcionários contratados", afirma.

O economista diz acreditar que, como a lei que instituiu o microempreendedor individual é nova, o seu impacto nas estatísticas será maior com o tempo.

Formalizado

O eletricista José Trajano de Souza, 40, formalizou-se como microempreendedor individual neste mês. Trabalhava como funcionário até o ano passado, mas, em 2013, viu a oportunidade de aumentar os seus ganhos atuando por conta própria.

"Pouca gente tem conhecimento da minha profissão e sempre tem muito serviço para fazer", diz o eletricista.

Trajano conta que conheceu o MEI pela televisão e que foi orientado pelo Sebrae sobre como se formalizar.

Pagando R$ 32 por mês de impostos e contribuição para a Previdência, ele diz que, além da possibilidade de aposentadoria, a formalização como microempreendedor individual permite que ele possa fazer mais trabalhos.

"Vi que tem muito serviço que eu poderia pegar, mas, para conseguir o trabalho, precisava emitir nota", afirma o eletricista.

Folha de São Paulo - 27/05/13

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