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Páscoa aquece as vendas e empresárias diversificam os produtos
Ter, 28 de Fevereiro de 2012 20:40

Difícil de resistir, o chocolate é uma delícia que impulsiona inúmeros negócios. Empreendimentos de todos os tamanhos e formatos usam como matéria prima esse ingrediente proveniente do cacau. Entre os pequenos negócios não é diferente. Empreendedores Individuais (EI) Micro e Pequenas Empresas (MPE) aproveitam o período de Páscoa para criar novos produtos, aplicar estratégias diferentes, incrementar as vendas e fazer investimentos visando o crescimento do negócio.

É o caso da empresária Audiley Aparecida de Freitas, 29 anos, proprietária da Ki Delícia Chocolate, de Tangará da Serra, a 239 km de Cuiabá. Aberta há um ano, a micro empresa está sendo preparada para ser Limitada, o que deve ocorrer ainda este ano. Audiley começou fazendo docinhos de leite em pó e alguns clientes começaram a questionar porque não fazia ovos de Páscoa. “Comecei a fazer ovos e bombons e me encontrei”, conta a empresária que trabalha com chocolate há 11 anos.

Com um mix de mais de 60 itens, entre ovos decorados, recheados com sabores clássicos como trufado, prestígio e maracujá, novas texturas como marmorizados, coloridos e formatos diferenciados como tabletes e placas escritas a empresa dobra a produção e as vendas nesta época do ano. “A Páscoa é o meu Natal”, constata a empresária que nesta época do ano dobra as vendas. “Este ano, vamos processar 2 mil quilos de chocolate. Se tivermos encomendas de algum supermercado, esse volume tem que ser aumentado. Ao todo, são 10 pessoas na produção e, se preciso, viramos a noite trabalhando para atender a todos os pedidos”, informa.

Ele relata que aproveita o período de Páscoa para fazer novos investimentos e expandir o negócio. “Toda inovação na empresa e compra de maquinário, eu faço nesta época. Além das melhorias físicas”, revela acrescentando que esse ano vai lançar sua marca própria, a Chocoey.

Audiley fez o Empretec no Sebrae e diz que o crescimento de seu negócio está acontecendo dentro do previsto no plano de negócio que fez também durante uma capacitação que fez. “As capacitações abrem a cabeça do empresário e são muito importantes para crescer”, constata.

Chocolate é também a matéria prima da empreendedora individual Rosany Ortiz que produz brigadeiros enrolados e de colher. A principal marca de sua empresa a “Doce Brigadeiro” é ter sabores regionalizados – pequi, furrundu, pixé, guaraná, entre outros. Para essa Páscoa, a empresária planeja lançar novos sabores, de caju, manga, castanha-do-brasil, e incluir outros clássicos - quindim, amêndoa e nozes, por exemplo. As novidades já estão sendo testadas. Outro diferencial são as embalagens em formato de coelho, caixas mais bonitas e propícias para presente.

Rosany participa de festivais de Chocolate, uma estratégia para divulgar ainda mais seus produtos e aumentar o leque de clientes. No mercado desde o ano passado, ela tem uma funcionária, mas tem consciência de que vai precisar ter mais gente na produção nestes dias que antecedem a Páscoa.

Finalista do concurso O Melhor Brigadeiro do Brasil, organizado por uma multinacional, ela vende uma média de 400 brigadeiros por dia, atendendo pedidos feitos pelas redes sociais da Internet, por telefone e levando os produtos a empresas e instituições públicas e privadas. O uso de uma máquina para cartões de crédito e débito também facilita para os clientes e estimula as vendas.

Há 2 anos no mercado, a Cookeluxo, de Rosana Ferraz, produz e comercializa um mix de cerca de 100 produtos feitos com chocolate. São cestas de ovos de Páscoa, trufas, bombons, saquinhos com barras de chocolate e muito mais. Segundo a empresária, entre as datas comemorativas, a Páscoa está em segundo lugar no faturamento do empreendimento, ficando atrás apenas do Natal. “Na Páscoa temos um aumento nas vendas da ordem de 80% e procuro fazer coisas para chamar a atenção, sobretudo das crianças, que motivam os pais a comprarem”, conta.

“Aproveitar a sazonalidade é importante para os negócios, mas é preciso criar outras estratégias para faturar durante todo o ano e não deixar equipamentos e estrutura ociosos”, alerta a Rosana Rocha, da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae em Mato Grosso. Segundo ela, o primeiro passo é conhecer bem seus consumidores, trabalhar a carteira de clientes e desenvolver ações de marketing para saber o quanto de produto pode ser absorvido pelo mercado. “Tentar aproveitar todas as datas e criar outras oportunidades ao longo do ano é um ponto importante para a sobrevivência e desenvolvimento do negócio”, ressalta.

 

Pequenas Empresas e Grandes Negócios - 27/02/2012
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Empreendedores Individuais já faturam mais e planejam ampliar o negócio
Seg, 27 de Fevereiro de 2012 19:27
Os trabalhadores autônomos que decidiram se cadastrar como EI (Empreendedores Individuais) já começam a perceber os resultados da formalização de suas atividades. Muitos notam alta no faturamento, fazem planos para ampliar os negócios e aumentar a clientela. A modalidade que existe por lei desde 2008 começou a valer em julho de 2009.
Durante dois anos, a depiladora Cristina Ohe tinha de ir até a casa de seus clientes para atendê-los. Em 2010, ela alugou um imóvel para o trabalho e regularizou sua situação. Segundo ela, com o CNPJ próprio, a empresa ganhou credibilidade e dobrou a renda. “Se as coisas continuarem no ritmo em que estão, em breve poderei alugar um espaço maior ou até abrir uma filial”, diz a depiladora.
Comerciante Rose Mary A. Costa aderiu ao EI em julho do ano passado e comemora resultados
A comerciante Rose Mary de Araújo Costa tornou-se EI em julho de 2011 para formalizar o trabalho de revenda de roupas e acessórios para as amigas. Agora, transformou a própria garagem em uma loja de artigos femininos. “Com a loja regularizada, consigo comprar produtos por atacado e revendê-los mais barato. Isso aumentou minha clientela e meu faturamento”, afirma. Além disso, ela diz que era comum algumas de suas clientes não pagarem pelos produtos que compravam.
Depois da formalização, ela ganhou a ajuda da tecnologia para evitar os calotes. Instalou uma máquina de cartões de crédito. “Antigamente, anotava as vendas em um caderno, mas acabava me esquecendo de cobrar. Hoje, tenho máquina e não corro mais este risco.”
Dados da Receita Federal mostram que o Brasil fechou o ano passado com 1,89 milhão de EIs cadastrados, um aumento de 134% em relação a 2010 (809 mil). A expectativa é que o número seja ainda maior em 2012, por conta da elevação de receita bruta anual permitida, que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil.
Em janeiro deste ano, período em que é feito o ajuste na Receita, o número de empresários que excederam esse limite de renda e precisaram se reenquadrar em microempresa foi de 5.300 mil. Um ano antes, foi de apenas 28.
Empreendedor que faturar mais do que R$ 72 mil é desenquadrado
Um EI que ultrapassar o faturamento máximo permitido de R$ 60 mil em um ano, ou a média de R$ 5 mil por mês, é desenquadrado da categoria. Mas isso não é motivo para lamentar, afinal significa que a empresa está em crescimento. Se o faturamento anual do empreendimento ultrapassar a receita permitida em mais de 20%, chegando a receber mais de R$ 72 mil, ele passa a ser enquadrado como ME (Microempresa) no ano seguinte e passará a pagar outra tributação, que varia entre 4% e 17,42% sobre a renda bruta mensal da empresa.
Neste caso, o efeito é retroativo, ou seja, mesmo que o faturamento da empresa só exceda os R$ 72 mil no último mês do ano, o empresário terá de pagar os tributos de uma ME relativos a todos os meses anteriores.
O consultor do Sebrae-SP Paulo Melchor destaca que o crescimento de uma empresa sempre deve ser comemorado, mesmo que haja um aumento nos impostos a pagar. “Ultrapassar o faturamento significa que o negócio superou as expectativas iniciais. Não é bom para o empresário permanecer como EI para o resto da vida."

Os trabalhadores autônomos que decidiram se cadastrar como EI (Empreendedores Individuais) já começam a perceber os resultados da formalização de suas atividades. Muitos notam alta no faturamento, fazem planos para ampliar os negócios e aumentar a clientela. A modalidade que existe por lei desde 2008 começou a valer em julho de 2009.

Durante dois anos, a depiladora Cristina Ohe tinha de ir até a casa de seus clientes para atendê-los. Em 2010, ela alugou um imóvel para o trabalho e regularizou sua situação. Segundo ela, com o CNPJ próprio, a empresa ganhou credibilidade e dobrou a renda. “Se as coisas continuarem no ritmo em que estão, em breve poderei alugar um espaço maior ou até abrir uma filial”, diz a depiladora.

A comerciante Rose Mary de Araújo Costa tornou-se EI em julho de 2011 para formalizar o trabalho de revenda de roupas e acessórios para as amigas. Agora, transformou a própria garagem em uma loja de artigos femininos. “Com a loja regularizada, consigo comprar produtos por atacado e revendê-los mais barato. Isso aumentou minha clientela e meu faturamento”, afirma. Além disso, ela diz que era comum algumas de suas clientes não pagarem pelos produtos que compravam.

Depois da formalização, ela ganhou a ajuda da tecnologia para evitar os calotes. Instalou uma máquina de cartões de crédito. “Antigamente, anotava as vendas em um caderno, mas acabava me esquecendo de cobrar. Hoje, tenho máquina e não corro mais este risco.”

Dados da Receita Federal mostram que o Brasil fechou o ano passado com 1,89 milhão de EIs cadastrados, um aumento de 134% em relação a 2010 (809 mil). A expectativa é que o número seja ainda maior em 2012, por conta da elevação de receita bruta anual permitida, que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil. 

Em janeiro deste ano, período em que é feito o ajuste na Receita, o número de empresários que excederam esse limite de renda e precisaram se reenquadrar em microempresa foi de 5.300 mil. Um ano antes, foi de apenas 28.

Empreendedor que faturar mais do que R$ 72 mil é desenquadrado

Um EI que ultrapassar o faturamento máximo permitido de R$ 60 mil em um ano, ou a média de R$ 5 mil por mês, é desenquadrado da categoria. Mas isso não é motivo para lamentar, afinal significa que a empresa está em crescimento. Se o faturamento anual do empreendimento ultrapassar a receita permitida em mais de 20%, chegando a receber mais de R$ 72 mil, ele passa a ser enquadrado como ME (Microempresa) no ano seguinte e passará a pagar outra tributação, que varia entre 4% e 17,42% sobre a renda bruta mensal da empresa.

Neste caso, o efeito é retroativo, ou seja, mesmo que o faturamento da empresa só exceda os R$ 72 mil no último mês do ano, o empresário terá de pagar os tributos de uma ME relativos a todos os meses anteriores.

O consultor do Sebrae-SP Paulo Melchor destaca que o crescimento de uma empresa sempre deve ser comemorado, mesmo que haja um aumento nos impostos a pagar. “Ultrapassar o faturamento significa que o negócio superou as expectativas iniciais. Não é bom para o empresário permanecer como EI para o resto da vida."

 

Afonso Ferreira - Uol Notícias

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Mais de 1,8 milhão de empreendedores formalizados já contam com a proteção previdenciária
Sex, 24 de Fevereiro de 2012 15:47
O país já registrou mais de 1,8 milhão de empreendedores individuais (EI) cadastrados no Simples Nacional, regime tributário diferenciado e simplificado da Receita Federal do Brasil (RFB) aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. O regime beneficia também o trabalhador que atua por conta própria. Segundo a RFB, são 1.889.333 empreendedores espalhados em todo o país, até o dia 13 de fevereiro.
Este programa permite que milhões de empreendedores que trabalham no comércio, na indústria e no setor de serviços saiam da informalidade, legalizem seus empreendimentos, tenham um CNPJ e passem a contar com a proteção da Previdência Social durante toda a vida.
Eles são ambulantes, doceiras, pipoqueiros, manicures, homens e mulheres que montaram o próprio negócio e hoje contribuem para dinamizar a economia do país, além de ajudar a melhorar a renda de suas famílias. Atualmente, existe uma lista com quase 500 ocupações que podem ser desempenhadas por um empreendedor individual.
“A nossa avaliação em relação ao Programa Empreendedor Individual é bastante positiva. Desde o início, o nosso objetivo foi incentivar ainda mais a formalização destes trabalhadores, para permitir que tenham acesso à cobertura previdenciária”, destaca o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho.
Em março de 2011, o número de EI atingiu um milhão de inscritos. Para comemorar e incentivar ainda mais a formalização desses trabalhadores, o Governo Federal reduziu a alíquota de contribuição para a Previdência Social de 11% do salário mínimo para 5%. “Esse crescimento se deve ao fato de a presidenta Dilma Rousseff ter reduzido a contribuição de 11% para 5%, porque, no que toca à Previdência Social, o que se estava notando era um crescimento da inadimplência e as pessoas não queriam se formalizar porque achavam que iriam se deparar com as mesmas dificuldades de antes”, completa o ministro Garibaldi Filho.

O país já registrou mais de 1,8 milhão de empreendedores individuais (EI) cadastrados no Simples Nacional, regime tributário diferenciado e simplificado da Receita Federal do Brasil (RFB) aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. O regime beneficia também o trabalhador que atua por conta própria. Segundo a RFB, são 1.889.333 empreendedores espalhados em todo o país, até o dia 13 de fevereiro.

Este programa permite que milhões de empreendedores que trabalham no comércio, na indústria e no setor de serviços saiam da informalidade, legalizem seus empreendimentos, tenham um CNPJ e passem a contar com a proteção da Previdência Social durante toda a vida.

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Feira do Empreendedor será realizada em 14 estados
Qui, 16 de Fevereiro de 2012 16:15

Em 2012, o Sebrae vai promover 14 Feiras do Empreendedor, começando pela cidade de Belo Horizonte, no dia 20 de março (veja calendário abaixo). No ano passado, houve oito feiras. O evento acontece de dois em dois anos em cada unidade da federação e dura de três a cinco dias. O objetivo é apresentar produtos e serviços a donos de micro e pequenas empresas e para quem planeja abrir um negócio próprio.

“A Feira do Empreendedor tem múltiplas funções e oferece boas perspectivas aos pequenos negócios, tendo em vista o foco este ano em inovação e sustentabilidade”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. “É uma vitrine para conhecimento de novas tecnologias e teste de produtos e serviços. Serve também à prospecção de novos clientes, facilita a troca de informações e experiências entre empreendedores e aproxima parceiros potenciais”, observa o diretor.

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Formalização é saída para ganhar mercado
Seg, 13 de Fevereiro de 2012 16:48
Com nota fiscal, empreendedores individuais se transformam em fornecedores regulares para outras empresasO hobby, o passatempo e o complemento de renda podem ter potencial para impulsionar uma nova empresa. A cada ano, aumenta o número de pessoas que chegam a essa conclusão no Brasil, e os incentivos à formalização de microempreendedores individuais têm acelerado o acesso dessas pessoas ao mercado - com a possibilidade de dar nota fiscal, muitos se transformam em fornecedores para empresas maiores e acabam pegando carona no crescimento econômico.
São empreendedores que repetem o trajeto que Fátima dos Santos começou há mais de dez anos. No início dos anos 1990, ela era bancária em Novo Hamburgo e dedicava suas horas vagas ao tricô e ao crochê, que vendia para os colegas. “Até que um dia ela disse que iria comprar um futuro para a gente”, lembra Paulo Ricardo de Mello, marido e sócio de Fátima. Ele conta que a então namorada decidiu voltar para sua terra natal, Santo Antônio da Patrulha, e adquirir uma máquina de fazer tricô. “Aprendemos juntos a usar o equipamento e eu, que trabalhava com pecuária, acabei dominando as agulhas. Formalizamos o negócio e logo começamos a crescer”, descreve.
Há 11 anos, a empresa começou sua parceria com a loja de roupas infantis Barriga Verde. Cinco anos depois, a rede de varejo foi comprada pela Estrela Franquias, que propôs exclusividade a Fátima. Agora, a marca dela, Pafamas, é vendida nas 74 lojas Barriga Verde e Clube do Dino, que formam uma das maiores redes especializadas em enxovais do Brasil. “A qualidade dos nossos produtos alavancou as nossas vendas ao longo do tempo e, no ano passado, abrimos uma segunda fábrica, em Araranguá (Santa Catarina), para produzir peças em tecido. Mantemos a produção de tricô em Santo Antônio da Patrulha. Hoje já temos cerca de 30 funcionários e, claro, a parceria com a Barriga Verde foi muito importante para o nosso crescimento”, avalia Mello.
Para Fabiana Estrela, diretora-geral da empresa franqueadora, a aposta em fornecedores de micro e pequeno porte é estratégica. “Nossa relação com fornecedores é semelhante à que temos com os franqueados, clientes e colaboradores. Procura desenvolver um ambiente em que todos ganhem”, diz ela, que cultiva na parceria com as micro e pequenas indústrias o engajamento necessário para sustentar o crescimento da rede. “Eles compartilham nosso planejamento estratégico e desenvolvem produtos específicos para atender às nossas necessidades. Crescemos juntos”, afirma.
Exatamente o modelo de parceria que a artesã Vanessa Bonatto, de Canoas, estabeleceu com lojas de decoração e utilidades domésticas do Canoas Shopping. A administradora de empresas descobriu no artesanato fino a satisfação que já não encontrava em seu cargo de servidora pública da área da saúde. “Comecei em 2008 e só dois anos depois decidi formalizar o negócio e apostar no empreendimento. Hoje faço peças utilitárias, como vasos e abajures, de acabamento requintado que tem boa aceitação pelo mercado consumidor”, afirma ela que, para atender à demanda, já estabeleceu parcerias com outros artesãos da cidade.
Vanessa avalia que os acordos de fornecimento regular para o varejo dão ao empreendedor individual a estabilidade necessária para organizar o negócio como atividade principal. “Acredito que não dá para crescer sozinha. Por isso busco parcerias com outras empresas da região, que me fornecem a matéria-prima, e com outros artesãos, que me ajudam a atender o volume de encomendas. Com a formalização, não é só o microempreendedor que ganha”, diz.
“Mais que a chance de vender fácil tudo o que a gente consegue produzir, a formalização é importante para que tenhamos garantias”, acrescenta a confeiteira Franciele Neris, de Bento Gonçalves. Ela deixou o emprego em um supermercado para se dedicar à produção caseira de biscoitos e salgadinhos. “Faço cerca de 100 pacotes de biscoito por semana, que são vendidos em três supermercados da cidade. Não tenho mais clientes porque não consigo produzir mais. Ter me tornado uma microempreendedora individual foi uma excelente opção de formalização, abriu mercado para os meus produtos e, principalmente, me tirou o peso da consciência. Antes eu tinha a sensação de que estava perdendo tempo, que todo o trabalho não contaria para a minha aposentadoria ou se eu precisasse parar de trabalhar, caso adoecesse”, disse ela.
Empreendedores buscam oportunidades na Capital
Somente em Porto Alegre, mais de 7 mil empreendedores foram formalizados ao longo do ano passado. Muitos deles aproveitaram as facilidades da Linha da Pequena Empresa, um ônibus especial mantido pelo órgão em parceria com a prefeitura, que a cada semana visita um bairro diferente.
“Todo o atendimento dado pelo Sebrae, seja na Linha da Pequena Empresa, seja em nossas unidades, é gratuito quando se trata de auxílio à formalização. Também oferecemos inúmeros treinamentos para os novos empresários e, em sua maioria, esses cursos são gratuitos”, aponta o presidente Sebrae-RS, Vitor Koch, ao listar entre os treinamentos essenciais ao microempreendedor individual aqueles voltados à gestão, como fluxo de caixa, estruturação do plano de negócios e a previsão de riscos.
Ele explica que, uma vez formalizado, o empreendedor pode assumir contratos de fornecimento para outras empresas e para o próprio governo. Mais de 420 cidades no Rio Grande do Sul já regulamentaram a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e, com isso, dão preferência às MPEs nas compras públicas. O governo do Estado também dá tratamento diferenciado, através do Programa Fornecer. “Os custos de formalização são muito baixos e, no caso dos microempreendedores individuais, as alíquotas de impostos também são bastante reduzidas. O fato de dar acesso à seguridade social e à previdência já faz valer a pena.

O hobby, o passatempo e o complemento de renda podem ter potencial para impulsionar uma nova empresa. A cada ano, aumenta o número de pessoas que chegam a essa conclusão no Brasil, e os incentivos à formalização de microempreendedores individuais têm acelerado o acesso dessas pessoas ao mercado - com a possibilidade de dar nota fiscal, muitos se transformam em fornecedores para empresas maiores e acabam pegando carona no crescimento econômico.

São empreendedores que repetem o trajeto que Fátima dos Santos começou há mais de dez anos. No início dos anos 1990, ela era bancária em Novo Hamburgo e dedicava suas horas vagas ao tricô e ao crochê, que vendia para os colegas. “Até que um dia ela disse que iria comprar um futuro para a gente”, lembra Paulo Ricardo de Mello, marido e sócio de Fátima. Ele conta que a então namorada decidiu voltar para sua terra natal, Santo Antônio da Patrulha, e adquirir uma máquina de fazer tricô. “Aprendemos juntos a usar o equipamento e eu, que trabalhava com pecuária, acabei dominando as agulhas. Formalizamos o negócio e logo começamos a crescer”, descreve.

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