Com uma oficina de bicicletas há mais de vinte anos em Palhoça, Olívio Pio Alves vende peças, faz pinturas, calibra pneus e outros reparos. Quando ele tomou conhecimento do programa Juro Zero, para microempreendedores individuais (MEIs), viu a oportunidade de expandir suas atividades. “Antes eu trabalhava só com consertos e mão de obra e, depois de pegar o empréstimo, pude comprar novas mercadorias. Agora também vendo bicicletas novas”, conta, calculando que sua clientela aumentou cerca de 30% com a expansão do negócio.
“Em mais de 40 anos trabalhando por conta própria, nunca tinha visto um programa como este”, fala Alves. Segundo ele, o empréstimo foi decisivo para alavancar a oficina. Seu empréstimo foi de R$ 3 mil e ele pagou as sete primeiras parcelas em dia e, com isso, teve a oitava e última prestação, que corresponde aos juros da operação, paga pelo Governo do Estado.
Há dois anos Márcia Regina da Silva Sperandio viu a oportunidade de começar seu próprio negócio. Comprou uma loja de variedades, no centro de Tijucas, e passou a vender de tudo: de material escolar a artigos de decoração. Mas faltava uma oportunidade para ampliar seu comércio. "Foi quando, no final de 2011, eu estava assistindo televisão e vi a propaganda do Juro Zero", lembra Márcia, que é uma dos 5077 microempreendedores individuais (MEIs) participantes do programa, lançado em novembro de 2011.
Márcia procurou o Banco do Empreendedor e em cinco dias recebeu o empréstimo de R$ 3 mil. "Investi o valor em mercadorias, afinal, quanto mais temos a oferecer, mais podemos vender. Gostei muito, o juro é realmente zero e tive um excelente retorno", relata. Ela quitou sua linha de crédito em julho e já pegou um novo empréstimo. "Meu objetivo agora é divulgar a loja", diz.
Com 1009 Microempreendedores Individuais (MEIs) atendidos, segundo o último relatório, a mesorregião oeste do Estado lidera o ranking do programa Juro Zero. Este número corresponde a 24,34% dos empréstimos, com valor de R$ 2.846.320,00. Com objetivo de incentivar o investimento produtivo e a formalização de empreendedores populares, promovendo a inclusão social e a geração de emprego e renda, o programa do Governo do Estado completou oito meses de atividades em julho.
Hilário Corti foi um dos primeiros MEIs da região a solicitar o empréstimo. Proprietário do Pronto Socorro das Orquídeas, em Chapecó, seu investimento foi em flores e vasos. “Pretendo fazer o empréstimo novamente para comprar uma caixa coletora de água da chuva”, conta. Como ele pagou todas as parcelas em dia, recebeu o benefício do pagamento da oitava e última parcela, que corresponde aos juros da operação, pelo Governo do Estado.
Em função do aumento da demanda, Corti pretende contratar um empregado para lhe auxiliar. “O Governo está investindo certo, no microempreendedor individual. Sempre ajudo a divulgar o Juro Zero, para que os comerciantes da região saiam da informalidade”, diz.
O programa é desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc); Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC); e a Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcred/SC). “O Juro Zero é um programa de inclusão social e econômica. Com ele, o governador Raimundo Colombo reafirma a opção de seu governo em prol das pessoas”, argumenta o secretário da SDS, Paulo Bornhausen.
A Credioeste é uma das agências que operacionaliza os recursos do programa, fazendo com que os investimentos cheguem até o público-alvo através dos agentes de crédito que atendem Chapecó e região. O presidente Ivonei Barbiero ressalta que o Juro Zero representa um estímulo a mais para a formalização. “Com a empresa legalizada, o empresário tem condições de fortalecer a capacidade empresarial, aumentar a competitividade de seu negócio e, com isso, ampliar sua gama de clientes, além de comercializar ao governo”.
O oeste catarinense conta cerca de 7 mil microempreendedores individuais. Somente em Chapecó, os números apontam 1.500 novos empreendimentos e, destes, mais de 360 tiveram a atividade formalizada neste ano. “Esse índice expressivo de regularizações deve-se ao fato de que os trabalhadores compreenderam que a iniciativa traz benefícios significativos e vêm divulgando em seus círculos de convivência”, assinalou o coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani.
A tendência, segundo Parmeggiani, é que esses números cresçam ainda mais à medida que os municípios implementarem a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. “Nossa meta é que mais de 2% da população do oeste esteja formalizada até o final 2013. A regularização é um passo estratégico ao fortalecimento dos negócios, já que amplia as oportunidades de mercado”, finaliza.
Com 1009 Microempreendedores Individuais (MEIs) atendidos, segundo o último relatório, a mesorregião oeste do Estado lidera o ranking do programa Juro Zero. Este número corresponde a 24,34% dos empréstimos, com valor de R$ 2.846.320,00. Com objetivo de incentivar o investimento produtivo e a formalização de empreendedores populares, promovendo a inclusão social e a geração de emprego e renda, o programa do Governo do Estado completou oito meses de atividades em julho.
Hilário Corti foi um dos primeiros MEIs da região a solicitar o empréstimo. Proprietário do Pronto Socorro das Orquídeas, em Chapecó, seu investimento foi em flores e vasos. “Pretendo fazer o empréstimo novamente para comprar uma caixa coletora de água da chuva”, conta. Como ele pagou todas as parcelas em dia, recebeu o benefício do pagamento da oitava e última parcela, que corresponde aos juros da operação, pelo Governo do Estado.
Em função do aumento da demanda, Corti pretende contratar um empregado para lhe auxiliar. “O Governo está investindo certo, no microempreendedor individual. Sempre ajudo a divulgar o Juro Zero, para que os comerciantes da região saiam da informalidade”, diz. O programa é desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc); Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC); e a Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcred/SC). “O Juro Zero é um programa de inclusão social e econômica. Com ele, o governador Raimundo Colombo reafirma a opção de seu governo em prol das pessoas”, argumenta o secretário da SDS, Paulo Bornhausen. A Credioeste é uma das agências que operacionaliza os recursos do programa, fazendo com que os investimentos cheguem até o público-alvo através dos agentes de crédito que atendem Chapecó e região. O presidente Ivonei Barbiero ressalta que o Juro Zero representa um estímulo a mais para a formalização. “Com a empresa legalizada, o empresário tem condições de fortalecer a capacidade empresarial, aumentar a competitividade de seu negócio e, com isso, ampliar sua gama de clientes, além de comercializar ao governo”.
O oeste catarinense conta cerca de 7 mil microempreendedores individuais. Somente em Chapecó, os números apontam 1.500 novos empreendimentos e, destes, mais de 360 tiveram a atividade formalizada neste ano. “Esse índice expressivo de regularizações deve-se ao fato de que os trabalhadores compreenderam que a iniciativa traz benefícios significativos e vêm divulgando em seus círculos de convivência”, assinalou o coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani.
A tendência, segundo Parmeggiani, é que esses números cresçam ainda mais à medida que os municípios implementarem a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. “Nossa meta é que mais de 2% da população do oeste esteja formalizada até o final 2013. A regularização é um passo estratégico ao fortalecimento dos negócios, já que amplia as oportunidades de mercado”, finaliza.
A figura do Empreendedor Individual (EI) tem sido um incentivo à inclusão produtiva feminina no Brasil. Segundo os resultados do estudo do Sebrae sobre esta categoria de empresas - que fatura até R$ 5 mil por mês e que deverá chegar a 4 milhões de inscritos até 2014 - as mulheres já representam 46% do segmento. De acordo com o levantamento, o EI já é o segmento de maior participação empresarial feminina no país. O estudo foi divulgado na manhã desta quinta-feira (2), em São Paulo.
“As mulheres conduzem cerca de um terço das micro e pequenas empresas no Brasil. Mas entre os Empreendedores Individuais, a participação é maior, quase a metade do total”, ressaltou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Uma das razões que faz as mulheres buscarem o empreendedorismo é a flexibilidade de horários, uma vez que muitas delas ainda acumulam a administração da casa e dos filhos. “A possibilidade de trabalhar em casa e ter uma fonte de renda atrai as mulheres para empreender”, completou Barretto.
As mulheres empreendedoras individuais representam a mesma proporção que os homens no setor de serviços (50%) e quase a metade no comércio (48%). Elas são maioria na indústria (52%), setor que inclui muitas atividades próximas de serviços, como produção de marmitas ou quentinhas, bufê para eventos, costureiras, fabricação de bijuterias, confecção de roupas íntimas, bolsas e bonés, produção de massas, pães, doces e chocolates, tapeçaria, entre outros.
Das dez atividades com o maior número de EI, cinco são conduzidas principalmente por mulheres. Nos serviços de estética elas são 97%, outros 77% entre cabeleireiros, 77% na comercialização de alimentos para consumo doméstico, 75% no varejo de confecções e 56% entre as lanchonetes.
A exceção é a construção civil, onde as mulheres são apenas 5%, principalmente em razão das atividades: 97% dos empreendedores que trabalham com obras de alvenaria são homens, outros 93% entre os que fazem instalações elétricas.
O estudo foi realizado entre março e abril de 2012, entrevistando 11,5 mil pessoas em todas as capitais e municípios de médio e pequeno porte no País. Até ser concluído, o total de EI no Brasil era de cerca de 2,1 milhões. Hoje, este número passa dos 2,6 milhões. A análise levou em consideração também os dados fornecidos pela Receita Federal até o dia 30 de abril de 2012. A íntegra do estudo está disponível na página do Sebrae na Internet: http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas
Benefícios
Empreendedor Individual (EI) é o regime de formalização de trabalhadores por conta própria, com uma receita bruta de até R$ 60 mil por ano. São mais de 400 ocupações que possibilitam o registro como EI. Para ser um empreendedor individual, o trabalhador pode ter apenas um empregado contratado e não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
Entre as vantagens oferecidas por essa figura jurídica está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), que facilita a abertura de conta bancária e permite a emissão de notas fiscais. Com a formalização, o empreendedor passa a contribuir com cerca de R$ 35 mensais para a Previdência Social e assim tem acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-maternidade, auxílio-doença, entre outros.
No total, 471 atividades possibilitam o registro como empreendedor individual. A lista completa de ocupações pode ser acessada no Portal do Empreendedor.
A figura do Empreendedor Individual (EI) tem sido um incentivo à inclusão produtiva feminina no Brasil. Segundo os resultados do estudo do Sebrae sobre esta categoria de empresas - que fatura até R$ 5 mil por mês e que deverá chegar a 4 milhões de inscritos até 2014 - as mulheres já representam 46% do segmento. De acordo com o levantamento, o EI já é o segmento de maior participação empresarial feminina no país. O estudo foi divulgado na manhã desta quinta-feira (2), em São Paulo.
“As mulheres conduzem cerca de um terço das micro e pequenas empresas no Brasil. Mas entre os Empreendedores Individuais, a participação é maior, quase a metade do total”, ressaltou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Uma das razões que faz as mulheres buscarem o empreendedorismo é a flexibilidade de horários, uma vez que muitas delas ainda acumulam a administração da casa e dos filhos. “A possibilidade de trabalhar em casa e ter uma fonte de renda atrai as mulheres para empreender”, completou Barretto.
Os empreendedores individuais (EI) devem dobrar em dois anos e superar as micro e pequenas (MPE), segundo estudo o Sebrae.
Aumento de empreendedores individuais pode revelar deficiência do mercado de trabalho
Hoje, o Brasil tem 2,1 milhões de EI, mas deve chegar a 4,3 milhões em 2014, quando as MPE serão 4,2 milhões -atualmente são 3,9 milhões. Os dados foram colhidos em maio.
O avanço é um reflexo do aumento do poder de compra da chamada nova classe média, que consome mais serviços e impulsiona principalmente os negócios locais.
"Mais de 40 milhões de brasileiros se tornaram consumidores", disse Luiz Barretto, presidente do Sebrae.
Antes de abrirem um negócios, esses empreendedores ou agiam na informalidade (tinham um negócio informal ou trabalhavam sem carteira assinada) ou tinham um emprego. Há ainda os que estavam desempregados. "As EI são uma chance para formalização."
Criado em 2009, o modelo de EI estipula que a empresa fature até R$ 60 mil por ano. Já o teto de faturamento das micro é de R$ 360 mil, e das pequenas, de R$ 7,2 milhões.
Como benefício, têm carga tributária menor, entre R$ 31 e R$ 37 por mês, resultado de uma contribuição para o INSS de 5% sobre o valor do salário mínimo, alíquotas reduzidas de ICMS para as empresas de comércio (R$ 5) e ISS para as de serviço (R$ 1).
Ao fim de 2012, serão 3 milhões de EI, estima o Sebrae.
Os empreendedores individuais (EI) devem dobrar em dois anos e superar as micro e pequenas (MPE), segundo estudo o Sebrae.
Hoje, o Brasil tem 2,1 milhões de EI, mas deve chegar a 4,3 milhões em 2014, quando as MPE serão 4,2 milhões -atualmente são 3,9 milhões. Os dados foram colhidos em maio.
O avanço é um reflexo do aumento do poder de compra da chamada nova classe média, que consome mais serviços e impulsiona principalmente os negócios locais.
"Mais de 40 milhões de brasileiros se tornaram consumidores", disse Luiz Barretto, presidente do Sebrae.